Em uma época onde a Marvel se consolidava na indústria como uma fábrica de sucesso, mais precisamente entre os períodos de lançamento de Vingadores: Era de Ultron e Guardiões da Galáxia, ninguém poderia imaginar que uma verdadeira batalha por direitos trabalhistas estivesse ocorrendo nos esgotos do estúdio. Conforme uma fonte revelou ao Deadline (via: Terra), Robert Downey Junior, o eternizado Homem de Ferro, evitou que os colegas de profissão Scarlett Johansson e Chris Hemsworth fossem efetivamente demitidos da companhia estadunidense.
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É de conhecimento geral que Hollywood é um habitat repleto de mão-de-obra sucateada. Isto é, atores e atrizes, ou mesmo membros da equipe técnica de determinada produção, sendo pagos níveis abaixo do que se espera ao exercer tal serviço. Isto pode contaminar até mesmo os maiores estúdios e empresas que já existiram, como a Disney, a Warner Bros. e, agora, a Marvel Studios.
O motivo que levou Robert D. Jr. a sair em defesa de seus amigos foi o típico e clichê dilema do salário abaixo do esperado. Enquanto o astro recebera impressionantes MILHÕES de dólares nos primeiros filmes da companhia, outros nomes do elenco, como Scarlett e Chris receberam, na verdade, “míseros” 200 mil dólares.
Embora o ator de Sherlock Holmes tivesse pretensão de agir com boa fé àquela ocasião, o seu histórico não colaborava com sua atitude. Alguns anos antes, Terrence Howard, que viveu a primeira versão do Máquina de Combate em Homem de Ferro 1, acusou o protagonista de literalmente roubar integralmente o seu salário e injetar no seu próprio e expulsá-lo antes do início das filmagens de Homem de Ferro 2.
Mas o que foi que aconteceu com Chris Hemsworth e Scarlett Johansson?
Ambos os atores foram os que PIOR reagiram a um novo contrato estipulado pela Marvel Studios. Além disso, o suposto documento ainda vinha acompanhado de uma “ameaça” de demissão aos que se opusessem às condições de trabalho.
Sob esse contexto, a equipe de Hemsworth contrapôs que o ator poderia simplesmente deixar o estúdio e continuar trabalhando tranquilamente com a Universal Studios. Isso porque, após estrelar Branca de Neve e o Caçador, o intérprete de Thor no UCM havia recebido mais de U$5 milhões pelo filme.
Johansson, por sua vez, foi mais categórica do que o colega. A atriz bateu o pé e afirmou que não daria continuidade com a Casa das Ideias caso seu pagamento permanecesse o mesmo. Em outras palavras, Scarlett ofereceu um xeque-mate cru e sem cerimônias à Marvel.
Após a réplica dos atores, não tardou para que um acordo que estivesse alinhado com o interesse de todas as partes fosse devidamente prontificado. E quem foi o responsável por mudar a linha de pensamento da Marvel tão depressa? O próprio Robert Downey Junior!
“Ele é o único que tem poder de fato nessa situação.”, revelou uma fonte ao Deadline. “E ele também tem bolas de aço. Ele passou a mensagem de que não vai trabalhar em um lugar onde seus colegas são tratados como lixo.”, finalizou.
Após Tony Stark da vida real agir como responsável por ambos, a problemática dos contratos foi solucionada rapidamente. Embora o final feliz tenha se dividido entre as partes, Scarlett reviveu esse mesmo episódio recentemente, mas com o irmão mais velho da Marvel: A Disney.
A atriz processou o estúdio por não agir conforme ordenavam as cláusulas de um outro contrato. De acordo com o que foi veiculado, a Disney Studios teria infringido alguns termos de contratos em relação ao marketing de Viúva Negra, o filme que despede a atriz do papel de Agente Romanoff.
Um acordo extrajudicial “resolveu” a nova batalha para a atriz e pôs um ponto final em sua carreira com a Disney. Embora um gosto amargo tenha sobrado na língua, Scarlett Johansson exaltou que era importante alguém como ela, com um nome conhecido da indústria, abrir caminho para evitar esse tipo de atitude autoritária e ilegal. Assim como um colega de profissão, Robert Downy Jr., havia feito para ela.