John Victor Romita Sr., um dos maiores ícones de todos os tempos das histórias em quadrinhos, morreu na última segunda-feira, dia 12. A notícia foi veiculada pelo seu próprio filho, John Romita Jr., que compartilhou o momento triste com os fãs em suas redes sociais.
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Em seu Twitter, o filho, que também constrói carreira no ramo de quadrinhos, lamentou a morte do que ele gostou de chamar de “o maior homem que já conheci”.
“Ele é uma lenda, e seria minha honra seguir os passos dele. Por favor, mantenha os seus pensamentos e condolências por aqui, em respeito a minha família. Ele foi o homem mais incrível que já conheci.“, escreveu Romita Jr.
John Romita Jr. foi responsável por determinar o estilo de arte da Marvel Comics entre os anos 70 e 80. Além disso, John é também notório por co-criar com colegas de equipe personagens como Wolverine, Mary Jane, Justiceiro, Luke Cage, Irmão Vodu, Tigresa e Mercenário.
John Romita é um renomado artista de quadrinhos que fez uma contribuição significativa para a Marvel Comics a partir dos anos 60. Sua carreira na Marvel começou em 1965, quando o mesmo foi contratado como ilustrador freelancer para a série “Daredevil”. Durante sua passagem por essa série, Romita ajudou a definir a aparência e o estilo do personagem, criando trajes icônicos e desenhando cenas de ação caracterizadas por suas épicas dinâmicas.
Em 1967, Romita assumiu como desenhista principal de “The Amazing Spider-Man”, uma das séries mais populares da Marvel. Ele trabalhou em colaboração com o escritor Stan Lee e juntos criaram algumas das histórias mais memoráveis do Homem-Aranha. Romita também contribuiu para a evolução visual do personagem, redesenhando o traje do herói, introduzindo novos vilões e desenvolvendo uma galeria de personagens secundários marcantes, como Mary Jane Watson e o Rei do Crime.
Além de seu trabalho em “The Amazing Spider-Man”, Romita também trabalhou em outros títulos da Marvel durante os anos 60 e 70. Ele ilustrou histórias do Capitão América, Hulk, Homem de Ferro e X-Men, entre outros. Seu estilo distintivo, eternizado por linhas fortes e detalhadas, tornou-se uma marca registrada de sua arte e a cara da Marvel por anos.
Em 1973, Romita foi promovido a editor-chefe da Marvel Comics, sucedendo Stan Lee. Nessa posição, ele desempenhou um papel importante na supervisão e direção criativa das publicações da Marvel, ajudando a moldar o universo compartilhado de quadrinhos da editora.
Apesar de suas responsabilidades como editor-chefe, Romita continuou a desenhar ocasionalmente e retornou para “The Amazing Spider-Man” em 1974, criando mais histórias clássicas para o personagem. Ele também colaborou com o escritor Gerry Conway em uma famosa história do Homem-Aranha conhecida como “The Night Gwen Stacy Died” (“A Noite em que Gwen Stacy Morreu”), que teve um impacto duradouro na mitologia do herói.
John Romita deixou o cargo de editor-chefe da Marvel em 1975, mas continuou a trabalhar como ilustrador e contribuir para o legado da editora. Ao longo dos anos, ele trabalhou em várias outras séries e projetos da Marvel, deixando sua marca em personagens como Demolidor, Punho de Ferro e os Vingadores.
Mesmo após sair da Marvel em 1996, Romita manteve uma carreira prolífica no mundo dos quadrinhos, trabalhando para outras editoras como a DC Comics e a Image Comics. Seu trabalho continua e continuará sendo admirado por fãs e profissionais da indústria, sendo considerado um dos grandes artistas de quadrinhos de todos os tempos. Sua influência e legado são inegáveis, com suas contribuições para a Marvel ajudando a moldar o panorama dos quadrinhos nos anos 60 e além.
John Romita Sr. deixa esposa, a qual, diga-se de passagem, era sua namorada desde a infância, com quem teve dois filhos.
Descanse em paz.