Durante entrevista à Wired, Keanu Reeves confessou um episódio constrangedor envolvendo a modificação virtual de sua performance em um filme.
Reeves conta que, enquanto assistia ao material final do longa, observou que uma lágrima tinha sido adicionada digitalmente por cima de seu olho em uma cena dramática.
“Eu não me refiro a edição casual, é claro. Não me importo se o editor trabalha ao redor da minha performance, tirando uma piscada que eu dei no momento errado ou coisa do gênero. Mas, no começo dos anos 2000, ou talvez ainda fosse o fim dos anos 1990, uma atuação minha foi modificada digitalmente. Eles incluíram uma lágrima no meu rosto, e quando assisti ao filme pensei: ‘O que é isso? Eles nem precisam mais de mim'”, comentou.
Visivelmente inconformado, Keanu decidiu incluir em seus contratos uma cláusula proibindo a prática de manipulação digital sobre sua atuação. ”[…] Se entramos no território das deepfakes, a atuação não tem nada do seu ponto de vista, e isso é assustador”.
No campo das quase-consciências robóticas, Keanu compartilhou suas opiniões sobre o novo fenômeno de IAs produzirem arte. “É legal de um ponto de vista técnico, porque você fica: ‘Uau, olha o que as máquinas podem fazer!’. Mas existe todo um sistema corporativo por trás disso, que quer manter o controle. Culturalmente, socialmente, vamos ser confrontados em breve pelo valor ou não-valor do que é real. E, dependendo do que decidirmos, o que será empurrado para nós?“, mais alertou do que comunicou o ator.
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