De acordo com relatório exclusivo do site esportivo ESPN, Michael Oher, jogador de futebol americano aposentado que teve sua vida retratada no filme “Um Sonho Possível”, está processando a família que levou sua história de vida aos cinemas. O motivo? Ele alega que partes da construção da narrativa do filme são falsas, como o fato de ter sido adotado – coisa que, segundo ele, nunca aconteceu de verdade. Além disso, ele também acusa o casal Tuohy de ter se aproveitado de seus ganhos com a adaptação cinematográfica de sua biografia.
No filme, Sandra Bullock é a mãe adotiva, Leigh Anne Tuohy, enquanto Tim McGraw é Sem Tuohy, seu marido e pai adotivo de Oher, interpretado pelo talentoso Michael Aaron.
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De acordo com o jogador, que abriu um processo em uma corte em Tennessee, EUA, o casal “embelezou” a história real para enriquecer às suas custas. Além disso, a situação só piora quando Aaron afirma que Leigh e Sem o enganaram e o levaram a assinar um documento que faziam deles os seus responsáveis legais; Desta forma assumindo autoridade de fechar e recusar negócios em seu nome, mesmo que Michael fosse adulto e não fosse portador de nenhuma deficiência física ou psicológica. Segundo Michael, o casal teria mentido que se tornar “guardião legal” de alguém era a mesma coisa do que ser um “pai adotivo”. Uma vez que confiava nas pessoas que ele incialmente admirou, Michael assinou os papéis, sem saber do que realmente estava abrindo mão.
“A mentira sobre a adoção de Michael é sobre a qual os co-conservadores Leigh Anne Tuohy e Sean Tuohy enriqueceram, às custas de seu protegido, Michael Oher. Michael Oher descobriu essa mentira, para seu desgosto e constrangimento, em fevereiro de 2023, quando soube que a tutela com a qual ele consentiu, com base no fato de que isso o tornaria um membro da família Tuohy, na verdade não lhe fornecia nenhum relacionamento familiar com os Tuohys.”
Não para por aí. Conforme relatado por Oher, o acordo para a publicação do livro e a realização do filme “Um Sonho Possível” envolveu a divisão dos lucros entre o casal e seus dois filhos biológicos. Cada um dos filhos biológicos recebeu cerca de US$ 225 mil pelos direitos da história, além de uma participação de 2,5% nos lucros não especificados da obra. A petição de Oher afirma que, como protagonista do filme, ele nunca recebeu qualquer remuneração pela produção.
Referente ao fato de estar movimentando um processo apenas quatorze anos depois do lançamento do filme (2009), Michael justificou-se dizendo que esteve muito ocupado cuidando de sua carreira como jogador profissional da NFL, que teve seu início também em 2009. Somente em 2016 o ex-jogador pôde analisar com maior cautela os documentos do passado.
O advogado da Tuohy declarou que uma resposta legal às alegações será emitida nos próximos dias.